Os Entoprocta (=Kamptozoa) compreendem um filo de animais invertebrados sésseis, coloniais ou solitários, um dos grupos menos conhecidos do Reino animal e de posição filogenética obscura e controversa. Cerca de 180 espécies foram descritas mundialmente. Pequenos, transparentes e de hábitos crípticos, os entoproctos passam geralmente despercebidos, embora sejam relativamente comuns em substratos consolidados, como rochas, seixos, corais, conchas e algas, sendo comensais de muitas espécies de invertebrados, como esponjas, poliquetas, sipuncúlidos. São frequentemente encontrados dentro dos tubos e galerias de seus hospedeiros. Eles são muito parecidos com alguns briozoários e hidrozoários pelo aspecto geral e hábito. Os indivíduos são formados basicamente por uma região distal superior, denominada cálice e que possui uma coroa de tentáculos ciliados, e uma haste denominada pedúnculo, na qual o cálice é sustentado; o pedúnculo pode ser preso diretamente ao substrato através de uma estrutura dilatada, denominada pé e característico das espécies solitárias, ou através de estolões nas espécies coloniais.
O ouriço-do-mar preto apresenta espinhos relativamente grossos e bastante resistentes. A coloração dos espinhos e carapaça varia do marrom escuro ao negro. Conhecida popularmente pelo nome de "pindá", é uma espécie muito abundante em nossa costa, predominantemente litorânea e freqüentemente encontrada dentro de locas escavadas em rochas, em regiões de mar calmo ou batido. Alimenta-se de algas e animais incrustrantes. Ocorre desde a Flórida até o sul do Brasil, bem como em regiões costeiras de ilhas, tais como Antilhas, Bermudas, Ascenção, Santa Helena e Angola.